Durante coletiva à imprensa na VII Reunião do Comitê Executivo da ITHO (Iniciativa de Transportes do Hemisfério Ocidental), o Secretário-Executivo do Ministério dos Transportes afirmou a necessidade do país ter planejamento de longo prazo e recursos garantidos, fatores imprescindíveis para a recuperação da infra-estrutura de transportes. Kanashiro comentou que o planejamento deve ultrapassar os mandatos governamentais. "Estamos pensando no tipo de infra-estrutura que queremos para o Brasil daqui há 20 anos".
De acordo com o Secretário-Executivo, o Ministério trabalha com a possibilidade de mudança na matriz de transportes brasileira, melhorando a participação dos modos de maior capacidade. Até o final de 2006, o Governo quer aumentar a utilização das ferrovias, hidrovias e da cabotagem como alternativa mais econômica para a movimentação de grãos e minérios. "Essas medidas não se esgotam neste governo. São trabalho para muitas gerações".
Na atual matriz predomina o transporte rodoviário, responsável pelo escoamento de 63% das cargas. O transporte ferroviário responde por 24% e o aquaviário por 13%. A meta é atingir um equilíbrio de 50% rodoviário e 50% dos outros modos.
O balanceamento da matriz pode significar uma redução de 10% nos custos logísticos. "Hoje, o custo km/tonelada é R$ 29,00. Podemos, ao atingir as metas propostas, diminuir este custo para R$ 26,00".
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