A integração do transporte de cargas nas Américas é fundamental para a redução de custos operacionais e conseqüente maior competitividade dos produtos brasileiros no mercado externo. Ligações entre o Brasil e demais países da América Latina, principalmente as que venham a proporcionar a saída de produtos brasileiros da região Centro-Oeste via portos do Pacífico, podem proporcionar economia tanto no transporte quanto na operação logística.
Para o presidente Geraldo Vianna, presidente da NTC&Logística (Associação Nacional do Transporte de Cargas & Logística), entidade que, no Brasil, representa os transportadores rodoviários de cargas e os operadores logísticos, a economia vem por conta da redução da distância percorrida pelos produtos e da melhor qualidade da infra-estrutura. Para chegar até os portos como o de Paranaguá ou mesmo Santos, produtos da Região Centro-Oeste percorrem até mil quilômetros a mais em comparação com o deslocamento que fariam caso houvesse uma ligação com o Pacífico e eles pudessem ser exportados a partir de portos do Chile ou do Peru.
A integração, no entanto, não deve ser vista apenas como abertura de rodovias ou estradas de ferro. É preciso que, além da implantação de meios para o escoamento da produção, a malha esteja realmente em condições adequadas de uso em cada país. No Brasil, a malha rodoviária, por exemplo, normalmente encontra-se em estado inadequado para o tráfego, como tem comprovado pesquisas realizadas anualmente pela CNT (Confederação Nacional do Transporte). A ferroviária, apesar da privatização, ainda apresenta deficiências que comprometem a sua competitividade em relação ao modal rodoviário.
Juntamente com as condições de tráfego, outro item importante para o transporte na região encontra-se na segurança das operações. De duas décadas para cá, os transportadores têm sido continuamente afetados pelo crescimento do crime organizado. Assaltos a caminhões e assassinatos a seus motoristas tornaram-se rotina no Brasil e em vários países do Continente. Em algumas regiões da Argentina, este tipo de crime cresceu mais de 80% no último ano. No Brasil, o número de ocorrências anuais aproxima-se das 10 mil, com prejuízos superiores a R$ 600 milhões. Ações conjuntas dos países da região no combate a este tipo de crime são algumas das reivindicações de transportadores internacionais associados à NTC & Logística e à ABTI (Associação Brasileira de Transportadores Internacionais).
Sugestão p/entrevistas: Geraldo Vianna, presidente da NTC & Logística
Mais informações: Bernardo Machado – MT 13699
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