O conferencista Steve Schuldenfrei acaba de proferir, às 11 horas, uma palestra sobre shows virtuais. Ele afirma que a Internet, com crescente número de usuários, é uma ferramenta para se alavancar negócios e garantir mais visibilidade, em nível mundial, rompendo com as barreiras geográficas, mas antecipa que a Internet é um complemento para eventos presenciais.

De acordo com Schuldenfrei, são cerca de 4,5 bilhões de sites para 663 milhões de PCs conectados no globo. Executivos do nível C (CEO, CFO, CIO, etc), passam 18 horas semanais na Internet, procurando oportunidades de negócios, 12% frente à TV, em busca de informação e entretenimento, e 6 horas lendo jornais impressos. Isso significa que a Web é o melhor caminho para se chegar ao público qualificado.

Não é à toa que, nos EUA e Europa, já se utiliza muito o conceito de trade shows virtuais, como valor agregado em eventos físicos, em modelos próprios de negócios. Em média, exposições físicas atingem 10% do mercado. “Como atrair os outros 90%?”, é a questão levantada por Schuldenfrei. Ele salienta que “Exposições virtuais não são realidade virtual.

Não são um jogo Playstation”. Ele cita, também, grandes organizadores como Jason Chudonofsky (Comdex) e Corbin Ball (Corbin Ball Associates), que afirmam que feiras virtuais nunca substituirão as físicas. A conclusão é que as exposições reais deverão integrar suas correspondentes virtuais como norma.

Mesmo assim, Schuldenfrei cita alguns exemplos de shows virtuais, que podem ser classificados em catálogos; cópias eletrônicas de um evento físico; integrados com o evento, em tempo real; ou eventos autônomos. Sobre este último, o conferenciasta cita um caso de sucesso da Cuna & Afiliates, empresa indústria financeira norte-americana.

Mas, para se obter sucesso nas negociações virtuais há alguns pré-requisitos: Url (endereço do site) fácil de memorizar, grafia agradável; funcionalidade; interatividade e comunicação e sistema de e-commerce eficiente. Neste aspecto, Schuldenfrei ressalta algumas ferramentas que podem ser o grande diferencial: áudio e vídeo, imagens panorâmicas, interface em tempo real e carrinho de compras. Tudo isso sem esquecer que a tecnologia é um acessório e não deve ser utilizada indiscriminadamente. “Muitas vezes os web sites utilizam recursos Tecno-espalhafatosos, só porque isso é possível. Webdesigners adoram introduções em flash, quem navega, não”, exemplifica.

Outra dica: como no mundo real, estandes devem ser organizados e conter apenas informação necessária. Finalmente, credibilidade é tudo. “Na Internet ninguém sabe que você é cachorro” , brinca o conferencista. Isso significa que todos podem utilizar essa ferramenta, mas só os que garantem e fidelizam clientes sobrevive.

Steve Schuldenfrei é Presidente da EOS – Exposition Operations Society (Sociedade de Operadores de Exposições) trabalhando especificamente na área de suporte junto às empresas fornecedoras de serviços operacionais para a indústria de feiras de negócios. Durante mais de 23 anos atuando na indústria de feiras de negócios, organizou mais de 100 exposições.