Para promover melhorias sociais e econômicas no Estado de São Paulo, o PDDT planeja as ações da Secretaria dos Transportes para os próximos 20 anos
O QUE É O PDDT É uma ferramenta de planejamento estratégico. Em sua concepção, orienta-se por objetivos socioeconômicos claramente definidos. Parte da premissa de que para não inibir o crescimento da economia é preciso dotá-la de uma infra-estrutura de transportes eficiente, com regras claras, que ofereçam credibilidade e segurança para o investidor. A estrutura do PDDT é constituída de medidas institucionais e operacionais, somadas a uma série de investimentos em infra-estrutura de curto, médio e longo prazos.
GESTÃO ESTRATÉGICA Antes, a inexistência de um plano estratégico levava a ações isoladas e imediatistas, sem nenhum compromisso com um projeto de sistema de transportes eficiente. Estas iniciativas, muitas vezes pontuais, repetiam desequilíbrios e ineficiências registradas no passado. Hoje, com o PDDT, o Governo de São Paulo elabora um plano estratégico para os próximos 20 anos, além de discutir sua implementação com a sociedade. O futuro, assim, deixa de ser uma incógnita. Sua construção passa a ser um compromisso assumido entre o Estado de São Paulo e a sociedade.
POR QUÊ VIVO? O PDDT foi desenvolvido para ser um processo permanente de planejamento, aberto aos diversos segmentos da sociedade. O plano não é um livro fechado, mas sim uma agenda flexível de ações da Secretaria dos Transportes, habilitando-a a identificar as ações prioritárias e a articular sua implementação com os segmentos governamentais e privados do setor.
DEMANDA ATUAL A movimentação atual de transporte no Estado reflete o perfil de sua atividade econômica fortemente concentrada em produtos de carga geral, constituída de insumos ou produtos do setor industrial e produtos de consumo final da população. Um segundo fator característico da demanda é sua concentração regional na Macrometrópole, espaço geográfico que envolve a Região Metropolitana, formada pelo quadrilátero Sorocaba, Campinas, São José dos Campos e Santos. Um terceiro é a concentração da produção dos serviços de transporte do modo rodoviário.
PROPOSTA A matriz de transporte, pela ausência histórica de intermodalidade, em um mercado predominantemente de carga geral, apresenta um desequilíbrio do sistema de transportes no Estado. No modo rodoviário são veiculados 93,2% do fluxo, 5,3% no modo ferroviário e apenas 2,5% são divididos entre hidroviário, aeroviário e dutoviário. Como elemento central da estratégia do PDDT, a intermodalidade combina as vantagens competitivas dos diferentes modais. Para os próximos 20 anos espera-se um equilíbrio na matriz de transportes, elevando a participação do modo ferroviário para 32%. O sistema rodoviário, por sua vez, também terá seus desafios, pois sua participação alcançará cerca de 65% de um mercado cuja demanda total de transporte deverá passar de 116 bilhões de tkm para 250 bi de tkm.
FERROANEL O Ferroanel é elemento chave da estratégia da intermodalidade proposta pelo PDDT. Ao longo desse anel ferroviário deverão se situar os Centros Logísticos Integrados - CLIs que darão apoio aos novos serviços ferroviários expressos, otimizados pela unitização das cargas e por uma nova lógica de coleta e distribuição na Região Metropolitana.
CENTROS LOGÍSTICOS INTEGRADOS Os Centros Logísticos Integrados - CLIs são instalações que combinam plataformas logísticas e terminais inter/intramodais de carga. Estrategicamente localizados, serão elos importantes para o funcionamento eficiente da cadeia logística, que oferecerá condições satisfatórias para a integração rodoferroviária na movimentação e estocagem de carga geral e, eventualmente, de granéis.
PORTOS O Porto de Santos é um dos principais elementos da cadeia logística paulista e nacional. Com a transferência de sua administração para as esferas estadual e municipal de Santos, Guarujá e Cubatão, os investimentos e as medidas institucionais e de gestão preconizadas pelo PDDT, criarão condições para uma operação eficiente. As ações propostas para o Porto de São Sebastião, das quais se destaca a construção de um novo píer com dois berços, visam redirecionar o uso deste terminal, a fim de aproveitar sua vocação e facilidades, para seu desenvolvimento e à sua inserção positiva como elemento importante da cadeia logística.
MALHA RODOVIÁRIA A malha rodoviária paulista de pista dupla terá grande incremento passando de 4.000 km para 5.800 km nos próximos 4 anos, configurando novos eixos transversais que possibilitarão a transposição do Estado no sentido sul/norte, e vice versa, sem a necessidade de passar pelas Regiões Metropolitanas de São Paulo e de Campinas. O Programa de Recuperação de Rodovias prevê melhorias em mais de 4.300 km, sendo que 1.400 km receberão pavimentação de pista e de acostamento, construção de faixas adicionais e outras melhorias.
AEROPORTOS A atualização da infra-estrutura, das facilidades, dos sistemas de segurança e de proteção ao vôo constitui uma importante meta perseguida na área de transporte aéreo. Nos últimos oito anos foram investidos mais de R$ 70 milhões na rede de 31 aeroportos sob responsabilidade do Estado. Os principais aeroportos do Interior estão sendo habilitados para o tráfego de carga área internacional, cuja operação será feita pela iniciativa privada. Além disso, o Governo do Estado, juntamente com a Infraero, está trabalhando para a ampliação dos aeroportos de Viracopos e Guarulhos.
TRANSPORTE HIDROVIÁRIO Articulado com outros modos, particularmente com o ferroviário, a Hidrovia Tietê-Paraná terá condições operacionais de quadruplicar e oferecer ao mercado um serviço competitivo na movimentação de produtos do complexo de soja do Centro-Oeste para captação pelo Porto de Santos.
RODOANEL MARIO COVAS Empreendimento importante na recuperação da qualidade de vida na Região Metropolitana, o Rodoanel vai muito além de sua função como via redirecionadora dos fluxos de transporte que atravessam a malha urbana. Ele interliga o Interior do Estado e do País com os portos paulistas, além de equacionar o problema logístico das cargas que precisam transpor a Região Metropolitana.
ESTRADAS VICINAIS A ampliação da malha de estradas vicinais destina-se a criar capilaridade no sistema existente, dando acesso a serviços de saúde e educação às comunidades distantes dos grandes centros, além de facilitar o escoamento da safra dos produtores locais.
INVESTIMENTOS PREVISTOS Os projetos do PDDT implicam investimentos públicos e privados da ordem de R$ 35 bilhões nos próximos 20 anos. As parcerias entre a iniciativa privada e o Governo são fundamentais para a viabilização de grande parte dos projetos.
BENEFÍCIOS DERIVADOS DO PDDT Com a implantação do PDDT haverá melhoria substantiva da qualidade do serviço de transporte de cargas, em termos de acessibilidade, fluidez, segurança e economia. O emprego da intermodalidade dará sustentação ao avanço da competitividade sistêmica no Estado e à aceleração de seu desenvolvimento socioeconômico.
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