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Artigo - Açúcar, ouro branco

Açúcar, ouro branco

Plinio Nastari

O Brasil é o maior produtor e exportador do mundo, com volume de 24,3 milhões de toneladas, respondendo em 2009 por 46,5% do mercado livre mundial. Isso muito mudou nos últimos 20 anos. Em 1989, quando extinto o monopólio estatal na exportação de açúcar, a exportação era de apenas 1,05 milhão de toneladas e representava 4,2%.

Dois grandes fatores contribuíram para essa expansão. A falência do sistema de produção de Cuba que no seu auge, em 1969, chegou a produzir mais de 8,5 milhões de toneladas e tinha como mercado preferencial a ex-URSS, que remunerava o produto bem acima do preço mundial. O colapso da URSS a partir do final de 1991 minou a industria cubana que definhou lentamente a ponto de em 2009 produzir apenas 1,27 milhão de toneladas. E, em segundo lugar, a bem-sucedida ação do Brasil na OMC contra as exportações subsidiadas de açúcar de beterraba da União Européia, que em 2005 exportou 7,56 milhões de toneladas, e após a implementação das decisões do Órgão de Solução de Controvérsias passou a ser importadora líquida de 1,7 milhão de toneladas.

O Brasil tem uma participação dominante no mercado externo com apenas 28,4% de suas canas destinadas a açúcar de exportação, e o etanol de exportação que atende a mais de 90% do mercado livre representa somente 7%. Portanto, com pouco mais de um terço da sua produção total, o Brasil é por larga margem o maior fornecedor mundial de açúcar e etanol. Por esse motivo, qualquer coisa que afete os dois terços consumidos internamente tem impacto amplificado no mercado externo.

Os maiores destinos do açúcar brasileiro são por importância Índia, Rússia, Emirados Árabes Unidos, Bangladesh e Nigéria. No futuro, os destinos tendem a se concentrar cada vez mais na Ásia e no norte e oeste da África, onde o consumo anual per capita ainda é baixo, respectivamente 17,5 e 16,4 kg, mas está em acelerado crescimento, enquanto a média mundial é 24,5 kg. O consumo mundial cresce 2,5% ao ano, ou 4 milhões de toneladas.

Em 2009, exportações de açúcar geraram 8,38 bilhões de dólares em divisas, e as de etanol outros 1,34 bilhão de dólares; somadas representaram 15% das exportações do agronegócio. Mais uma vez na história brasileira é a exportação de commodities, agrícolas e minerais, que tem viabilizado a importação de bens de capital e intermediários necessários à expansão do produto potencial. Nesse contexto o açúcar tem brilhado como ouro branco.

Plinio Nastari é presidente da Datagro Consultoria e responsável pelos estudos usados no contencioso do açúcar contra a União Européia.


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